Produtores e famílias da área inundada pela barragem Rio Colônia clamam por ajuda
- Vitor Augusto Xavier
- 12 de fev. de 2019
- 2 min de leitura
A Associação dos Agropecuaristas do Sul da Bahia (ADASB), representando dezenas de pecuaristas cujas propriedades rurais estão situadas em áreas afetadas pela inundação da barragem Rio Colônia, município de Itapé, clama por ajuda às autoridades competentes para uma situação que tem gerado graves consequências econômicas e sociais para produtores rurais e famílias que residem nas áreas alagadas.
A falta de acessos (ramais) ou mesmo a precariedade de poucos que existem tem gerado transtornos para os moradores das propriedades que estão situadas nas Margens Direita e Esquerda do Rio Colônia. A margem esquerda do rio conta com um ramal de acesso, uma obra dada como concluída, mas que possui uma série de agravantes. Já a margem direita, ainda não foram iniciadas as obras dos ramais de acesso e hoje cerca de 25 propriedades rurais estão ilhadas pela formação do lago com da barragem Rio Colônia.
“Nossa região é uma das mais importantes do Estado como produtora de carne e leite, e a maioria dos ramais construídos e em construção não possuem os padrões requeridos para o transporte da produção em qualquer época do ano, o que faz necessitar de correções”, destaca o presidente da Adasb, Carlos Alberto Dantas (Beto Dantas).
E completa citando que além dos prejuízos econômicos, como por exemplo, inviabilidade do escoamento da produção, principalmente o leite, pelo fato do acesso a algumas fazendas estar sendo feito a barco, gerando dificuldades na venda do gado por conta da necessidade de travessia a nado dos animais, também existe o agravante de cunho social o que afeta a mobilidade das pessoas que residem nas áreas inundadas.
“Este agravante que envolve a questão humana é muito sério. Dezenas de famílias que vivem na margem direita do rio estão isoladas, inclusive crianças, sem ter acesso a transporte público, pois a única linha existente ligando Itabuna-Itaju via Itapé, foi extinta, para se deslocar para a escola e atendimento médico”, denuncia o presidente da Adasb, ressaltando que os proprietários rurais que estão sendo prejudicados aguardam uma providência o mais rápido possível das autoridades competentes.
O produtor rural João Francisco de Oliveira Nunes finaliza lembrando que a promessa do Governo do Estado é de que ninguém seria prejudicado: “Se a promessa é de que ninguém ficaria prejudicado pela obra da barragem, certamente que ainda há muito a ser feito”, lamentou.
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