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Plano prevê ampliação da produção de cacau e do chocolate

Plano prevê ampliação da produção de cacau e do chocolate

O Governo do Estado lançou, em parceria com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac/Mapa), o Plano Operacional para o Cacau e Chocolate da Bahia 2018 – 2022. O lançamento ocorreu na sede regional da Ceplac, em Ilhéus, com a presença do vice-governador João Leão e dos secretários estaduais de Desenvolvimento Rural, Jerônimo Rodrigues, de Turismo, José Alves, e do Meio Ambiente, Geraldo Reis.

Serão atendidos cerca de 20 mil agricultores. O plano prevê o desenvolvimento de ações estratégicas que permitirão elevar, em cinco anos, a produção de cacau na Bahia para 240 mil toneladas/ano, além de consolidar a fabricação de chocolates finos, com certificado de origem no sul da Bahia, por meio da instalação de 20 agroindústrias.

As ações incluem a abertura de linha de crédito específica para a lavoura cacaueira, subsídios para produção de mudas e insumos, criação e indicação geográfica da produção do cacau, preservação da Mata Atlântica, prospecção de novos mercados, capacitação profissional, regularização fundiária e ambiental, difusão tecnológica, assistência técnica e extensão rural (Ater), educação, gestão, empreendedorismo e infraestrutura rural. Os investimentos do Governo do Estado no plano devem atingir R$ 80 milhões.

No lançamento, João Leão destacou que “a ampliação da produção de cacau e o polo chocolateiro são fundamentais para a economia regional, gerando milhares de empregos. Além do cacau, o Governo do Estado está investindo em obras como o Porto Sul e a Ferrovia Oeste Leste [Fiol], em parceria com empresários chineses, além da construção da nova ponte Ilhéus-Pontal e da duplicação da rodovia Ilhéus-Itabuna. É um conjunto de ações que vão inserir o sul da Bahia como um grande polo econômico”.

Emprego, renda e inclusão social

O secretário de Desenvolvimento Rural, Jerônimo Rodrigues afirmou que, ao incentivar o aumento da produção, a diversificação e a agroindústria, o governo estadual alavanca a inclusão social de assentados, indígenas, quilombolas e agricultores familiares, com foco na sustentabilidade. “O resgate do cacau, que também passa por investimentos em tecnologia, infraestrutura, somado a obras de infraestrutura, permitirá a retomada do desenvolvimento regional”.

Serão atendidos agricultores de 114 municípios nos territórios Litoral Sul, Médio Rio das Contas e Baixo Sul. As ações envolvem as secretarias estaduais de Desenvolvimento Rural (SDR), de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), de Desenvolvimento Econômico (SDE), de Turismo (Setur), da Educação e de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). 

Além da Ceplac e do Governo do Estado, integram o plano o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a Biofábrica de Cacau, a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste, a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC).

Para o secretário de Turismo, José Alves comentou que “o cacau e o chocolate têm impactos no turismo, permitindo experiências únicas nas fazendas, da colheitas das amêndoas à industrialização, numa região de imensas belezas naturais”. Enquanto Geraldo Reis destacou que “o cacau tem uma grande importância na conservação da mata nativa e estamos incentivando a produção do cacau cabruca, que concilia a atividade econômica com o respeito à natureza”; 

De acordo com o diretor-presidente da CAR, Wilson Dias, esse “conjunto de ações fortalece a cadeia produtiva do cacau, mas também todo o entorno das potencialidades que existem junto à cacauicultura. A riqueza da Mata Atlântica, do cacau dentro da Cabruca, dialoga também com a fruticultura, atividades produtivas da mandioca. Essa diversificação, que tem o cacau como centro, abre possibilidades também para dinamizar outras cadeias produtivas”.

O coordenador técnico-científico da Ceplac, Manfred Müller, enfatizou que a instituição está desenvolvendo projetos como a Rota do Cacau, assim como assistência técnica para 6,5 mil assentados baianos, pagamento de bônus pela conservação ambiental em 400 mil hectares de cacau, incluindo áreas de Mata Atlântica, e a renegociação das dívidas dos produtores rurais.

Assinatura de convênios

Durante o evento, foram assinados convênios do Bahia Produtiva, projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), vinculada à SDR, com 32 cooperativas e associações de agricultores familiares, quilombolas, indígenas e assentamentos, no valor de mais de R$ 9,3 milhões. 

Os recursos serão aplicados em projetos de agroindústrias, fruticultura, pesca, produção de cacau/chocolate e assistência técnica rural, por meio da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), nos municípios de Ibirapitanga, Ituberá, Presidente Tancredo Neves, Taperoá, Valença, Cairu, Igrapiúna, Camamu, Canavieiras, Ilhéus, Jussari, Coaraci, Ibicaraí, Maraú, Camacan e Itaju do Colônia.

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