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Paralisação da pediatria do Novaes preocupa maçonaria


A possibilidade de desativação amanhã (31) do hospital infantil Manoel Novaes, que deve encerrar seu contrato com o município de Itabuna e deixar de fazer atendimentos pelo SUS, preocupa a Loja Maçônica Areópago Itabunense que divulgou uma nota assinada pelo venerável mestre, José Jorge Jones Santana, ao considerar que “caso se concretize o encerramento, será um duro golpe no já combalido sistema de saúde da cidade”.

A nota lembra que desde a década de noventa os Itabunenses vem sofrendo com o fechamento de hospitais, perdemos o Maria Goretti ainda nos anos 90, depois o hospital São Lucas, recentemente o Cemepi e agora, ao que tudo indica, irá também o Manoel Novais. A nota não faz referência ao fechamento do São Judas também no mesmo período e que atendia a pacientes com problemas mentais.

Manoel Novaes

A nota da loja maçônica considera que “o hospital Manoel Novais chega a atender mais de três mil pessoas por mês, 85% desses atendimentos são pelo SUS, sobretudo a população de baixa renda que, com o fechamento do hospital infantil Cemepi, tem poucas alternativas para tratar de saúde de suas crianças, o futuro de nossa cidade. Lá são feitos os atendimentos de baixa, média e alta complexidade, com plantão 24 horas, o único com capacidade para cirurgias complexas na região sul, além de seu grande número de leitos, o que o torna apto para atender não só os cidadãos grapiúnas, mas também a vários municípios da região cacaueira.”

Alerta aindam, que se e encerrado o contrato, “o sofrimento não será apenas no sistema de saúde, mas também haverá forte impacto na economia da cidade, já que o dinheiro injetado no hospital, bem como os gastos das pessoas atraídas pelos seus sistema de atendimento, faz girar fortemente a economia da cidade, o que irá impactar até o mercado informal”.

O problema vem do fato que o atual contrato do hospital, “o obriga a atender todos que procurarem a unidade de saúde, tem um teto de pagamento, que desse modo não recebe por todos os atendimentos que faz, já que a demanda aumentou muito após o fechamento do Cemepi. Isso causou um desequilíbrio financeiro na ordem de quase 1,5 milhões por mês. Ademais, esse próprio contrato não pode mais ser prorrogado já que seu limite de aditamentos também já foi atingido, de modo que no dia 31 de julho, caso a prefeitura não apresente um novo contrato com termos mais equilibrados financeiramente, este será encerrado”.

A Loja Maçônica Areópago Itabunense, que foi uma das entidades responsáveis por trazer a Santa Casa de Misericórdia para a cidade, provocou a 10ª Promotoria de Justiça de Itabuna, que sensibilizada convocou uma reunião com o Secretário de Saúde, Conselho Municipal de Saúde, Câmara de Vereadores, representantes do Hospital e outros atores da saúde municipal, entretanto, apesar do esforço, não se chegou a nenhum acordo para manter a entidade atendendo as crianças Itabunense.

O documento informa que a “prefeitura alega não tem recursos para fazer um novo contrato nos termo que pede a Santa Casa e, ao que tudo indica, colocará como alternativa para a população encaminhar os atendimentos para a maternidade Ester Gomes, que por sua vez não conseguirá absorver toda demanda do município, uma vez que lhe faltam equipamentos e profissionais que a deixe no mesmo nível do Manoel Novais, além da própria acessibilidade do local que não é das melhores”.

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