Operação desarticula orcrim que atuava na Câmara de Ilhéus
- Vitor Augusto Xavier
- 16 de mai. de 2019
- 2 min de leitura
Uma operação para reprimir crimes contra a administração pública, fraudes em licitações e
contratos e lavagem de dinheiro, praticados entre os anos de 2011 e 2018 no âmbito da
Câmara de Vereadores de Ilhéus, foi deflagrada na manhã de hoje (15), pelo Ministério Público
estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e
Investigações Criminais (Gaeco) e da 8ª Promotoria de Justiça de Ilhéus, em conjunto com a
Polícia Rodoviária Federal (PRF). Estão sendo cumpridos sete mandados de prisão e dez de
busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal de Ilhéus, além de afastados um vereador
e sete servidores da Câmara Municipal.
Dentre os presos estão agentes públicos e empresários envolvidos em organizações
criminosas instaladas na Câmara de Vereadores de Ilhéus, município do sul da Bahia, e
responsáveis por operacionalizar múltiplos esquemas de corrupção ao longo de sucessivas
gestões na Casa Legislativa. Denominada Operação Xavier, a ação resulta da continuidade de
investigações de esquemas fraudulentos identificados pela Operação Citrus, que revelou
esquemas de corrupção praticados por agentes públicos com o apoio de empresas de
assessoria contábil e de licitações, contratadas para maquiar documentalmente a prática dos
diversos ilícitos apurados.
A operação se desenvolveu com o efetivo operacional da PRF, que reforça o estado baiano na
Operação Lábaro 2019, para potencializar o enfrentamento qualificado ao crime organizado,
atuando nas divisas dos estados e nas regiões e corredores estratégicos, em consonância com
conhecimentos de inteligência policial e de análise criminal.
Além da PRF, a ação contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança Institucional e
Investigação (CSI) e do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Proteção à Moralidade
Administrativa (Caopam) e de promotores de Justiça da Bahia, que atuaram no cumprimento
dos mandados.
Durante dois anos, as investigações contaram com a colaboração da Coordenação de
Computação Forense do Departamento de Perícia Técnica do Estado da Bahia, da Secretaria
da Fazenda do Estado da Bahia, da Receita Federal em Itabuna e Ilhéus, do Banco do Brasil,
do Tribunal de Contas dos Municípios, da Central de Apoio Técnico do MP, da Secretaria de
Administração Penitenciária (Seap), da JUCEB e de outros órgãos.
Foram apreendidos diversos documentos e objetos, como celulares e computadores. As
pessoas foram ouvidas pelo Ministério Público e encaminhadas pela PRF à Delegacia
Judiciária local.
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