Ilhéus tem festa dupla para Iemanjá em 2 de fevereiro
- Vitor Augusto Xavier
- 29 de jan. de 2019
- 2 min de leitura
A programação da festa de Iemanjá no sábado (2) acontece simultaneamente em dois lugares em Ilhéus: na Maramata (Nova Brasília), das 8 às 19 horas e na Avenida Llitorânea Norte (Malhado), das 8 às 22 horas O festejo é considerado um dos mais populares do ano e atrai moradores, religiosos de matriz africana e turistas.
Os dois eventos são organizados pelos terreiros de candomblé, em parceria com as Secretarias Municipais de Turismo e Esporte (Setur) e de Cultura (Secult), e visam fortalecer as manifestações tradicionais culturais e religiosas do município.
Programação
Uma alvorada de fogos vai saudar o dia de Iemanjá nas primeiras horas do amanhecer. A partir das 8 horas, no caramanchão, estrutura montada para receber as oferendas, próximo a Universidade do Mar e da Mata (Maramata), na Nova Brasília, vão se reúnir adeptos do candomblé para homenagens à divindade. Cânticos em louvor ao orixá, apresentação de grupos de samba de roda e capoeira, como o Samba de Treita, rezas e banhos de água de cheiro são realizados ao longo do dia. O encerramento culmina com a procissão marítima, quando diversas embarcações saem para entregar as oferendas, em alto mar.
No bairro do Malhado, as comemorações são realizadas na Avenida Luiz Eduardo Magalhães (Litorânea Norte), especificamente nas proximidades da “Escultura da Sereia”. Em meio ao ritual, os adeptos da religião de matriz africana dançam, rezam e benzem com água de cheiro, devotos e turistas. Durante a tarde, a partir das 15 horas, grupos musicais afros se revezam com as apresentações de bandas locais no minitrio elétrico. Ao fim da tarde, o cortejo leva as oferendas e a imagem do orixá até a embarcação, que seguirá rumo ao alto mar.
Crença
Iemanjá vem de uma expressão Iorubá que significa ‘Mãe cujos filhos são peixes‘. Em seu culto original, Iemanjá é associada aos rios, fertilidade, maternidade, ao começo do mundo e a continuidade da vida. É um orixá muito respeitado e cultuado. Conhecida como “mãe das águas” é a padroeira dos pescadores, representada sob a forma de uma sereia, com longos cabelos soltos ao vento, chamada de Janaína ou Rainha do Mar.
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