Fé e tradição marcam Puxada do Mastro de São Sebastião
- Vitor Augusto Xavier
- 14 de jan. de 2019
- 2 min de leitura
No meio da mata de Ipanema, localizada na Estância Hidromineral de Olivença, zona sul de Ilhéus, machadeiros realizaram as festividades da secular festa da Puxada do Mastro de São Sebastião, com a derrubada de árvores para o ritual do último domingo(13).
O evento mobiliza comunidade local e tem o apoio da Prefeitura de Ilhéus, através das Secretarias de Turismo e Eventos (Setur) e de Cultura (Secult), que ao longo da última semana, prepararam e arrumaram toda a infraestrutura da festa, que reúne turistas e nativos para a derrubada do mastro e que percorreram as praias e principais ruas de Olivença até a chegada da praça da Igreja de Nossa Senhora da Escada.
De acordo com o historiador Erlon Costa, a Puxada do Mastro de São Sebastião mantém a tradição há mais de quatro séculos, desde o período da colonização. “Significa a resistência da memória do povo tupinambá na região” diz ele. A festividade une comunidade religiosa e indígena para celebrar com rituais, manifestações culturais, cortejos e shows na Praça Cláudio Magalhães, onde fica a Igreja de Nossa Senhora da Escada, ponto alto dos festejos.
Cortejo de mascarados
Tudo começou na sexta-feira (11), quando um bando de mascarados anunciavam à comunidade com o badalar do sino e através de um cortejo pelas ruas de Olivença, anunciando que havia começado a festa. Instituições locais como igreja, escolas, grupo de capoeira e associações também realizaram um desfile cultural, hastearam bandeiras e acenderam o fogo simbólico que deram início às comemorações.
Na sábado (12), foram realizados desfiles irreverentes do Terno das Camponesas e do Boi Estrela. Ainda na noite do sábado, aconteceram a procissão e a missa de Tríduo ao São Sebastião, que marca a parte religiosa dos festejos. Os shows ficaram por conta das bandas Pagofunk e Batuque Bom.
Contexto cultural
O domingo começou cedo com a alvorada, seguida de rituais religiosos com a benção e indígenas com o poranci na porta da igreja. Em seguida o grupo de machadeiros foi buscar o mastro na mata para o oferecer a São Sebastião, puxado por turistas e nativos ao som do canto em língua indígena. A festa atraiu milhares de pessoas que participaram da puxada e acompanharam chegada do mastro com rituais e muita música ao som das bandas Kavunje e Realce até às 21h.
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