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Eleições 2020: Mangabeira, Azevedo e Augusto,  empatados, lideram em Itabuna, diz pesquisa.

O médico Antônio Mangabeira, o ex-prefeito Capitão Azevedo e o ex-deputado estadual Augusto Castro, tecnicamente empatados, todos na casa dos dois dígitos, são os principais nomes presentes no momento, na corrida eleitoral de 2020 em Itabuna. É o que aponta a primeira rodada de pesquisas realizada pela empresa Sócio Estatística, contratada pelo programa “Bom Dia Bahia” da Rádio Difusora e a AM3-Assessoria & Consultoria em Comunicação, em parceria com o jornal Diário Bahia, o blog Pimenta e a TV Itabuna.

“Há um ano início da propaganda eleitoral, a disputa eleitoral em Itabuna está totalmente em aberto e ainda é muito cedo para qualquer prognóstico. Seguramente, o principal dado desta pesquisa, em termos eleitorais, talvez seja o fato do itabunense não ver com bons olhos a Política”, afirmou o sociólogo e professor Agenor Gasparetto, diretor da Socio Estatística. Além de captar o atual quatro político local, a pesquisa avaliou a Administração Fernando Gomes, o Governo Rui Costa e a atuação da Câmara de Vereadores.

O levantamento analítico, realizado no período de 28 de agosto a 01 de setembro, ouviu 802 eleitores – que corresponde a 4% de erro amostral – em oito zonas itabunenses: Califórnia, Centro, Fátima, Nova Itabuna, Santa Inês, Santo Antônio, São Caetano e São Pedro. Envolveu um universo de doze nomes de possíveis candidatos à disputa da Prefeitura: Capitão Azevedo, Augusto Castro, Antônio Mangabeira, Edmilton Carneiro, Eric Júnior, Fernando Gomes, Geraldo Simões, Maruse Dantas, Son Gomes, Babá Cearense, Jairo Araújo e Charliane Sousa.

Além de captar o atual quatro político local, a pesquisa avaliou a atual Administração, os Governos Estadual e Federal, a atuação da Câmara de Vereadores e apontou os principais problemas enfrentados pela população. Dentre os principais resultados, segundo Agenor Gasparetto, “destacam-se: a avaliação do presidente Jair Bolsonaro é avaliada tendendo ao negativo; a avaliação do governador Rui Costa é avaliada tendendo ao positivo; a avaliação do prefeito Fernando Gomes é avaliada tendendo ao negativo, e a avaliação da Câmara dos Vereadores é avaliada tendendo ao negativo”.

Cenários estimulados

Num cenário estimulado, quando são citados os nomes dos possíveis postulantes ao Centro Administrativo Firmino Alves – incluindo o prefeito Fernando Gomes – Antônio Mangabeira tem 20,6% das intenções de voto, Capitão Azevedo aparece em seguida com 17,2% e Augusto Castro com 12,4%. Geraldo Simões aparece com 5,8%; Fernando Gomes, 4,0%; Charliane Sousa, 1,9%; Edmilton Carneiro, 1,9%; Eric Júnior, 1,9%; Jairo Araújo, 1,2%; Babá Cearense, 0,7%; Maruse Dantas, 0,2%. Para 18% dos entrevistados, nenhum desses nomes merece o voto para prefeito de Itabuna, enquanto que 7,8% não souberam. 6,2% apontaram outros candidatos.

Num segundo cenário estimulado, sem a presença de Fernando Gomes, substituído pelo secretário de Administração Son Gomes, Mangabeira aparece com 20,9% das intenções de voto, enquanto que Capitão Azevedo cresce para 18,5% e Augusto Castro permanece com 12,4%. Geraldo Simões mantém os 5,8%; Edmilton Carneiro, 1,9%; Eric Júnior, 1,9%; Charliane Sousa, 1,7%; Jairo Araújo, 1,2%; Babá Cearense, 0,7%; Maruse Dantas, 0,2%. Son Gomes tem 1,7%. Nulo/branco, 18,3%; não responderam 8,2%, e 6,5% apontaram outros candidatos.

Quando o cenário é reduzido, com apenas cinco pré-candidatos – Antônio Mangabeira, Augusto Castro, Capitão Azevedo, Eric Junior e Geraldo Simões – Mangabeira mantém os 20,8%, Azevedo cresce para 19,2% e Augusto permanece com 12,9%. Geraldo tem 6,1% e Eric Júnior sobe para 2,7%. Nulo/branco, cresce para 24,3%, e não responderam e14,1% não souberam.

Enigma “rejeição”

Para Agenor Gasparetto, “o itabunense está bastante amargurado com a questão eleitoral. A propósito, os nomes menos “rejeitados” ou não aceitos no momento, tem mais da metade do eleitorado sinalizando que não irão votar neles. Dr. Mangabeira, por exemplo, tem cerca de 58%, seguido muito de perto por Capital Azevedo e Augusto Castro. Esses três nomes, em termos de rejeição ou de restrição, são os que apresentam os menores percentuais e assim mesmo, próximos dos 60%”. 

“Há muito a ser feito para merecer a confiança do eleitor itabunense”, afirmou Gasparetto. O diretor da Sócio Estatística acrescentou que “não conseguir decifrar o enigma “rejeição”, equivale a não ter futuro neste momento. Nesse sentido, há muito a ser feito para merecer a confiança do eleitor. A rigor, a disputa, que ainda não começou, em que pese a movimentação e construção de alianças em andamento, está totalmente em aberto”.

Desgaste da classe política 

Gasparetto destaca que “o dado mais relevante nesta pesquisa, em seus cenários, é referente a rejeição”. Ele ressalta, no entanto, que “a rigor, a palavra rejeição talvez não seja a melhor para expressar o seu significado”. “Seguramente, mais apropriada talvez seja falar em não aceitação pelas mais diversas razões, como a rejeição em si, que existe também, mas também desconhecimento, não reconhecimento de competência e/ou dignidade para ocupar o cargo, ou o simples fato de ter escolhido um nome e a partir dessa escolha outros nomes entram na categoria da coluna de rejeição”, acrescentou.

O sociólogo disse que “o fato a ser retido é que todos os nomes postos pela pesquisa, velhos na política ou novos, no sentido de não terem ainda ocupado cargos, o percentual de “rejeição” é superior a 50%. Ou seja, mais da metade do eleitorado não está disposto a dar voto a nenhum desses nomes”. Segundo ele, Mesmo os nomes melhor posicionados, pela ordem Mangabeira, Azevedo e Augusto, tecnicamente empatados, ou seja, dentro da margem de erro da pesquisa, a margem onde podem cultivar votos é inferior a metade do eleitorado”.

“O maior desafio dos que pretendem o cargo de próximo prefeito, nesse sentido, é reduzir essa “rejeição” ou restrição ou não aceitação do nome. Aparentemente, esse quadro que configura o desgaste da classe política como um todo e da própria atividade política em si, ou seja, insatisfação com a política, abriria espaço para “novos”. Todavia, dado o fato de os novos nomes postos pela pesquisa não terem sido poupados desse azedume generalizado, desse mal-estar, enfim, sugere que esse espaço é mais ilusório do que real. Ser novo ou não parece ser critério para conquistar o eleitor. É preciso mais do que isso. Quem conseguir melhor interpretar esse mal-estar que se traduz em essa muito “rejeição” poderá ter decifrado o “caminho das pedras” da próxima eleição para prefeito”, finalizou.

Posição frente aos candidatos

O levantamento feito pela Socio Estatística mostrou que 17,3% dos itabunenses votariam com certeza em Antônio Mangabeira; 20,3% poderiam a vir vota e 60,9% não votaria de jeito nenhum. 16,9% votaria com certeza em Capitão Azevedo; 16,8% poderia vir a votar e 64,8% não votaria de jeito nenhum. 10,1% votaria com certeza em Augusto Castro; 23,0% poderia vir a votar e 64,8% não votaria de jeito nenhum. 6,3% votaria com certeza em Geraldo Simões; 12,1% poderia vir a votar e 79,7% não votaria de jeito nenhum. 4,1% votaria com certeza em Fernando Gomes; 6,6% poderia vir a votar; 88,1% não votaria de jeito nenhum.

Agenor Gasparetto observa que “essa questão do posicionamento revela o potencial de intenções de voto, que seria o somatório de “votaria com certeza” e de “poderia vir a votar”. O “não votar de jeito nenhum” ratifica o problema da rejeição, ou de teto de cada nome. E o teto da aceitação é baixo para todos ao passo que o da restrição/não aceitação ou rejeição, muito alto”. 

Dentre os entrevistados os que votariam em um nome apoiado pelo governador Rui Costa somariam 56,7% e os que não votariam nesse nome, 40,9%. Dentre os nomes apontados como apoiados, Capitão Azevedo foi indicado por 19,3% e Augusto Castro por outros 15,9%. Já 86% não votariam hoje no nome apoiado pelo prefeito Fernando Gomes. Cerca de 12%, votariam.

Rui aprovado e Bolsonaro reprovado

Um dado a ser considerado na pesquisa é o peso do Governo do Estado e sua avaliação, que se traduz numa tendência do eleitorado em votar no nome que vier a ser apoiado pelo Governo. Segundo Agenor Gasparetto, “pelo menos em tese, uma vez que parece improvável um apoio incondicional. Seguramente, dependerá do nome e de seu perfil. Nesse quadro marcado pela negatividade, esse é um dado a ser considerado por mais que eleições municipais sejam decididas por fatores locais”.

A pesquisa diz que, em Itabuna, a avaliação de Rui Costa é a seguinte: boa, 33,58%; ótima, 12,56%; regular, 35,32%; péssima, 11,69%; ruim, 3,48%. Não responderam, 3,36%. No levantamento, 56.72% dos entrevistados afirmaram que votaria em um candidato a prefeito de Itabuna apoiado pelo governador Rui Costa.

Gasparetto afirmou que, da mesma forma, mas no sentido inverso, a associação com o Governo Federal, em Itabuna, mantém uma avaliação com tendência ao negativo”. Para o diretor da Sócio Estatística, esse fato “poderá pesar negativamente ao nome que estiver associado”. A avaliação de Jair Bolsonaro em Itabuna é: péssima, 40,55%; regular, 30,35%; ruim, 11,10%; boa, 10,07%, e ótima, 5,35%. Não responderam, 2,49%.

Fernando negativo

A pesquisa Sócio Estatística mostrou que a Administração Fernando Gomes “possui uma avaliação tendendo ao negativo”. 54,48% dos entrevistados afirmaram que o Governo Municipal é péssimo e 16,79 dizem que é ruim. 21,14% consideram regular. 4,98% consideram boa e 1,24% ótima. Não responderam, 1,37%.

“Trata-se de uma situação marcada pelo desgaste da imagem. Aqui, ainda que seja válida a afirmação de que enquanto houver tempo, haverá possibilidades, mantendo-se situação, as perspectivas da atual administração não parecem promissoras, eleitoralmente falando. A favor, ainda há tempo e a recente troca de nomes no comando da administração, não captado por esta pesquisa, até por falta de tempo. Quanto a este ponto, cabe esperar e monitorar”, ressaltou Agenor Gasparetto.

O levantamento buscou saber também quais os principais problemas enfrentados pela população de Itabuna. Dentre os apontados, os dois mais graves são a questão da violência/falta de segurança e a questão da saúde/atendimento médico. Em terceiro lugar emerge a questão do desemprego. Na sequência, educação/qualidade do ensino, falta de saneamento básico, pavimentação/calçamento de ruas e transporte público.

Câmara reprovada

Segundo a pesquisa Sócio Estatística, 46,124% dos itabunenses avaliam como péssimo o trabalho da Câmara de Vereadores. 26,00% consideram regular e 17,29%, ruim, 6,59% não responderam, 3,73% acham boa e 0,255 ótima.

Hoje, em Itabuna, com 9,1% das indicações espontâneas, Charliane Sousa é a vereadora apontada como a mais atuante, seguida por Enderson Guinho com 6,3% Jairo Araújo com 3,9%, Alex da Oficina com 3,1%, Ricardo Xavier 1,9%, Babá Cearense com 2,6%. Junior Brandão com 2,2% e Pastor Francisco com 1,6%. Chico Reis foi apontado por 1,7%. Os demais, menos de 1% de indicação espontânea.Outros 43,0% não apontaram nenhum nome como vereador mais atuante. Outros 17,9% não souberam apontar.

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