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Custo da cesta básica aumentou em Ilhéus e Itabuna

O custo da cesta básica aumentou nas cidades de Ilhéus e Itabuna no mês de novembro. Em Ilhéus, o aumento foi de apenas 0,12%, passando de R$337,70 em outubro para R$338,09 em novembro. Na cidade de Itabuna, o aumento foi 2,71%, passando de R$320,20 em outubro para R$328,87 em novembro (Tabela 1). Em ambas as cidades, aumentaram de preço: farinha de mandioca, leite, açúcar, carne e pão; e reduziram de preço, feijão e café, segundo o Projeto de Extensão Acompanhamento do Custo da Cesta Básica – ACCB da UESC.


Em Ilhéus, o leite foi o item que apresentou maior aumento (7,49%), cujo preço médio passou de R$3,47/L em outubro para R$3,73/L em novembro. Outros produtos que tiveram comportamento semelhante foram: arroz (6,29%), açúcar (5,11%), farinha (3,13%), carne (1,96%) e pão (1,12%). Em contrapartida, os seguintes itens diminuíram de preço: banana (9,26%), tomate (3,10%), café (1,05%), feijão (0,60%) e manteiga (0,13). O óleo não apresentou variação de preço segundo o estudo do ACCB.


Em Itabuna, a banana tipo prata foi o item que apresentou maior aumento de preço (12,73%), seguido por tomate (5,81%), manteiga (5,03%), farinha de mandioca (3,14%), leite (2,10%), açúcar (1,83%), carne (0,77%) e pão (0,13%). Os itens que reduziram de preço foram: arroz (2,78%), feijão (1,96%), óleo de soja (1,68%) e café (0,38%).


O relatório revela que o preço da mandioca apresentou comportamento baixista, durante todo o mês, reflexo do aumento da oferta, frente a uma demanda enfraquecida. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a baixa liquidez no mercado de derivados reduziu a moagem da mandioca para formação de estoques, ocasionando queda no seu preço no mercado.

Já o leite é um produto que sofre muitas oscilações, devido à sensibilidade a mudanças no clima, custo dos insumos, e oferta/demanda no mercado internacional, dentre outros. Notou-se que a maior oferta derrubou os preços, porém como os insumos aumentaram inflando os custos de produção do leite e, consequentemente de derivados. As chuvas de outubro dificultaram a colheita da cana-de-açúcar, interrompendo a produção do açúcar em diversas unidades de processamento, segundo Cepea. Com isso, a menor oferta no mercado gerou aumento no preço do açúcar.

O aumento da demanda por carne fez com que os preços tivessem uma leve alta. Além disso, a valorização do dólar em relação ao real, favoreceu as exportações, que se elevaram 16,4% em novembro em relação a outubro. Assim, maior demanda no mercado interno e menor oferta por causa das exportações, resultou na elevação do preço da carne no mercado doméstico. O preço do pão também foi influenciado pela alta do dólar. Tendo em vista que a principal matéria prima é o trigo, e como o Brasil importa a maior parte desse produto, os custos de produção aumentaram e, consequentemente, o preço do pão.

Em relação ao café, os preços caíram frente ao aumento da produtividade da lavoura. A maior oferta no mercado internacional provocou redução na cotação do café na bolsa de valores e, também menor preço para o consumidor final. Segundo o Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses (Ibrafe) muitos dos consumidores do Nordeste do país têm aumentado a procura por tipos de feijão mais barato que o do tipo carioca, pois esse último tem apresentado preço mais elevado nos últimos meses. Com isso reduziu sua procura, fazendo com que o preço caísse em novembro.

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