Crescimento do PIB depende de reformas e não de truques, diz Guedes
- Vitor Augusto Xavier
- 30 de mai. de 2019
- 2 min de leitura
Ao comentar hoje (30) a queda de 0,2% no crescimento econômico do primeiro
trimestre, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o desempenho
negativo já estava previsto e que a volta do crescimento depende de reformas
econômicas, e não de medidas de estímulo pontuais. “Nós não vamos fazer
truques ou mágicas”, afirmou.
"As pessoas têm que entender que nós precisamos das reformas exatamente
para retomar o crescimento”, disse o ministro, na porta do ministério, após uma
reunião com a bancada do partido Novo na Câmara. “Nós não vamos fazer
truques nem mágicas, vamos fazer reformas sérias, com fundamentos
econômicos”, acrescentou.
Nesta quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
divulgou o crescimento do Produto Interno Bruto no primeiro trimestre, que
confirmou expectativas de retração em 0,2%.
Ao comentar as revisões para baixo sobre o crescimento do PIB para 2019,
que vêm sendo feitas por economistas desde o início do ano, Guedes disse
que após a eleição houve “um otimismo” em relação ao crescimento, devido à
“potência da plataforma liberal”, mas que houve a necessidade de ajustes
devido à demora na aprovação da reforma da Previdência, que deve abrir
caminho para outras mudanças estruturais.
“Esse sonho do crescimento está ao alcance das nossas mãos. É só
implementar as reformas. Como demorou um pouco a implementação das
reformas, as previsões foram revistas para baixo”, disse Guedes.
O ministro se disse confiante de que a reforma da Previdência será aprovada
ainda no primeiro semestre, o que deve dar um “horizonte fiscal de 10, 15, 20
anos”, incentivando a volta dos investimentos.
Estímulos
Uma vez aprovada a nova Previdência, o governo deve trabalhar em prol da
reforma tributária, afirmou Guedes, e também lançar uma série de medidas de
estímulo para a economia.
Entre as medidas está o que chamou de “choque de energia barata”, um novo
pacto federativo para distribuição de recursos a estados e municípios e a
liberação de saques no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
“Mas isso tudo exige reformas antes. Você não pode fazer voluntarismo com
política econômica e levar o Brasil para o buraco”, afirmou o ministro. “Nós
temos que começar pelas coisas mais importantes. O voo da galinha nós já
fizemos varias vezes”, completou.(Agência Brasil)
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