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Câmara quer  provas de denúncia sobre esquema da EMASA

A divulgação pelo diretório do PDT em Itabuna de milhares de panfletos denunciando um esquema em andamento para a privatização da Empresa Municipal de Água e Saneamento -Emasa-, teve reações imediatas e pode acabar na Justiça. Hoje, o presidente da Câmara de Itabuna, Ricardo Xavier (Cidadania), convocou  vereadores para uma reunião de emergência e definir um posicionamento do legislativo em relação ao envolvimento da casa numa negociata  para privatizar a Emasa.

Participaram da reunião 10 vereadores de diversos partidos. O presidente Ricardo Xavier se disse surpreso com as declarações e informou que as denúncias apresentadas pelo PDT e pelo pré-candidato a prefeito de Itabuna, Antônio  Mangabeira no panfleto são graves e devem ser apuradas.

“Estamos tendo todo o cuidado nas atitudes do Poder Legislativo. Em reunião com os vereadores, de forma coletiva, decidimos em função das graves denúncias, convidá-lo para próxima segunda-feira (08) às 19 horas, Antônio Mangabeira possa  fazer os esclarecimentos necessários sobre o caso.” afirma.

Xavier informou que oi Executivo ainda não enviou o projeto à Câmara sobre a privatização da empresa de saneamento e portanto, as discussões ainda não começaram. Acredita porém, que “para dizer isso publicamente, Mangabeira tem que estar embasado de provas, principalmente ele que já anunciou que é pré-candidato a prefeito. Se ele é pré-candidato, tem que ter responsabilidade com as informações e denúncias. Na minha opinião, se tiver algum vereador envolvido certamente a mesa da câmara tomará as atitudes corretas, inclusive acionando o conselho de ética.” Complementou.

Um outro fato a ser levado  em consideração na denúncia, é que o presidente da comissão que analisará o projeto de privatização da Emasa, é um vereador do PDT, Enderson Guinho. Ele alega que “em momento algum fui chamado pelo presidente do partido para discutir sobre Emasa. Eu não consigo compreender o motivo do ataque.” afirmou.

Panfleto com denúncia revela crise do PDT

O panfleto com o título ‘querem vender a Emasa’ não só abre uma aresta na relação do partido com o legislativo itabunense, como também revela uma crise interna do PDT ao evidenciar o conflito entre o seu presidente Antônio Mangabeira, hoje suplente de deputado na câmara federal, com quase 30 mil votos e o vereador Enderson Guinho, dono de mais de oito mil votos para a assembleia legislativa. Os dois aparecem como nomes de pré-candidatos à prefeitura de Itabuna, desafiam as leis da  física a partir da pressuposição que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço.

A nota sobre o suposto esquema de corrupção atinge Enderson Guinho, que é  o presidente da comissão que analisará o projeto de privatização da Emasa na Câmara e é um vereador do próprio partido que subsvcreve a denúncia. Ele diz que em momento algum foi chamado pelo presidente do partido para discutir sobre Emasa e “não consigo compreender o motivo do ataque gratuito”, afirmou.

Em recente  entrevista concedida ao programa Jornal Interativa News,  Antônio Mangabeira havia dirigido as baterias em direção ao correligionário, quando considerou que Guinho era traidor e ao mesmo tempo se colocou como guardião da população, alegando de que ‘negociações para privatização da Emasa acontecem à revelia do povo’. Na nota distribuída na área central de Itabuna, no final de semana, o PDT destaca que a “Emasa só precisa de investimentos, modernidade e tranquilidade para trabalhar sem ingerências políticas, enfatizando a falta de transparência e informações sobre o processo de privatização, por considerar que a população tem o direito de saber o que está acontecendo.

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